quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Interromper a execução de uma tarefa dobra a chance de erro

Estudo revelou que breves interrupções, mesmo aquelas que duram apenas três segundos, são suficientes para prejudicar o desempenho de uma atividade 






Jovens estudando: interromper uma atividade que requer concentração, mesmo que por apenas 3 segundos, dobra a chance de erros.


 São Paulo – Um estudo da Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, revelou que interromper uma tarefa sequencial, mesmo que por apenas três segundos, é prejudicial ao desempenho e dobra as chances de que uma pessoa cometa erros na atividade que estiver executando. Um exemplo? Motoristas que desviam a atenção do volante, e das ruas, para ler uma mensagem ou simplesmente colocar o aparelho no silencioso.

 A pesquisa analisou o comportamento de cerca de 300 pessoas. Os participantes deveriam realizar tarefas sequenciais como, por exemplo, identificar com o teclado do computador a localização exata das letras do alfabeto. Durante este processo, porém, foram submetidos a interrupções, de menos de 3 segundos. Foi observado então que, ao retornarem para a atividade, passaram a ter o dobro de chances de cometer erros.

 Apesar de considerar as interrupções inevitáveis, especialmente nos dias de hoje em que as pessoas estão constantemente fazendo várias coisas ao mesmo tempo, Altmann vê o resultado de sua pesquisa com preocupação. “Pequenas interrupções estão onipresentes em nossa realidade”, explicou. “Mas estes erros podem se transformar em desastres para profissionais como, por exemplo, médicos em cirurgias de emergência ou mecânicos de avião”, alertou o pesquisador. Mas, segundo Altmann, a questão não está no período da interrupção, uma vez que não duraram mais que o tempo para execução de um passo da tarefa anterior. O problema, explicou o pesquisador, é que os participantes tiveram que desviar a sua atenção de uma atividade para a outra. “Mesmo breves interrupções são prejudiciais, ainda mais quando acontecem em processos que demandam concentração”, notou o pesquisador.


Fonte: Exame.com

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